segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Mais de 20 mil pessoas se unem na Marcha contra o crack e outras drogas

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No ultimo  sábado (10/08), segundo estimativa da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), 22 mil pessoas se mobilizaram na luta contra o crack e outras drogas em Belo Horizonte. O evento contou com a participação de parlamentares, de comunidades terapêuticas, de alunos de escolas estaduais e de diversos segmentos da sociedade civil, que endossaram o grito contra o consumo do crack.
A concentração começou na porta do Colégio Estadual Central e os participantes caminharam até a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). No local, aconteceram diversas apresentações musicais, entre elas, a do cantor Cris do Morro, que falou sobre a importância da ação.
O Centro de Recuperação de Dependentes Químicos (CREDEQ) também marcou presença, e entre os organizadores da mobilização estava o fundador do projeto, o pastor da Igreja Batista da Lagoinha (IBL) Wellington Vieira. Na oportunidade, o pastor fez um balanço positivo da ação.
“Ano passado, realizamos a 1ª Marcha contra o crack e outras drogas e, um ano depois, podemos verificar que tivemos resultados significativos. É claro que precisamos continuar avançando como, ampliar ainda mais a rede psicossocial; e aumentar o número de leitos de retaguarda e de vagas de tratamento aos dependentes nas comunidade terapêuticas”, destacou. “Mas, quando olhamos para essa praça e vemos, em pleno sábado, mais de 20 mil pessoas reunidas, entre elas ex dependentes químicos, celebrando a vida e a família, provamos que é possível vencermos o crack e vermos muitas vidas transformadas”, completou.
Almir e Clóvis ajudam pessoas a ser livrarem da dependência química
Para Clóvis Lopes, de 40 anos, e Almir dos Santos, de 33 anos, ex usuários de drogas, eventos como esse serve de alerta para que outras pessoas não caiam nos perigos das drogas e sofram com suas consequências. “É muito bom vê tantas pessoas reunidas para combater as drogas. Fui usuário de crack e álcool, que não passam de armadilhas. Precisamos nos mobilizar para que outras pessoas também não caiam nesse caminho, muitas vezes sem volta”, declarou Clóvis. “No início é muito bom usar drogas, pois causam uma sensação prazerosa, mas depois, quando passamos a nos tornar dependentes, ficamos seres depressivos e anti social, correndo o risco de perder, até mesmo, nossos familiares”, completou Almir. Atualmente, eles, que conseguiram sair das drogas por meio da espiritualidade e dos tratamentos oferecidos pelas comunidades terapêuticas, ajudam outras pessoas a se livrar da dependência química.
O CREDEQ 
Criado em 2000, o CREDEQ visa a recuperação do dependente químico e auxílio aos familiares do doente. O projeto trabalha no molde de uma comunidade terapêutica, a qual tem como objetivo a estruturação física, mental, espiritual, social e familiar dos participantes. Segundo o fundador do projeto, pastor Wellington Vieira, na associação as pessoas podem falar dos problemas e enxergar no outro a possibilidade de superação.
Na entidade, o dependente químico tem duas opções de tratamento: ambulatorial externo ou residencial. De forma geral, o atendimento é especializado e focalizado no problema de cada indivíduo. No caso de internação, é indicado que o paciente fique, pelo menos, seis meses no processo de desintoxicação.
Fonte: Lagoinha.com
Fotos: Cristiane Soares

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